terça-feira, 7 de agosto de 2012

Teoria da aprendizagem: empirismo

Empirismo, a absorção do conhecimento externo
Precursor: Aristóteles (384-322 a.C.)


Aristóteles (384-322 a.C.) afirmou que, embora as pessoas nasçam com capacidade de aprender, elas precisam de experiências ao longo da vida para que se desenvolvam. A fonte do conhecimento são as informações captadas do meio exterior pelos sentidos. Ideias como essa impulsionaram o empirismo, corrente favorável a um ensino pela imitação - na escola, as atividades propostas são as que facilitam a memorização, como a repetição e a cópia.

"Os empiristas acreditavam que as informações se transformam em conhecimento quando passam a fazer parte do hábito de uma pessoa". Absorvidos tal como uma esponja retém líquido, os dados aprendidos são acumulados e fixados - e podem ser rearranjados quando outros conteúdos mais complexos aparecem. A mente humana é definida como uma tábula rasa, um espaço vazio a ser preenchido. "A criança é comparada à água, que pode ser canalizada na direção desejada".

Nos séculos 16 e 17, em plena Idade Moderna, essa perspectiva ganha força com filósofos como Francis Bacon (1561-1626), Thomas Hobbes (1588-1679) e John Locke (1632-1704). Do ponto de vista dos empiristas, caberia à escola formar um sujeito capaz de conhecer, julgar e agir segundo os critérios da razão, substituindo as respostas "erradas" absorvidas no contato com diversos meios (a religião, por exemplo) pelas "certas", já validadas pelos acadêmicos por seguirem os critérios científicos da época.

Apesar dos séculos de distância, o fato é que algumas práticas empiristas seguem presentes no dia a dia das escolas. "Até hoje, o conhecimento é visto por muitos como um produto que pertence ao professor. Os especialistas formulam outra crítica à corrente: nem sempre ideias simples dão elementos para compreender as mais complexas. Dito de outra forma, não basta acumular informações para aprender.

Sustenta que o conhecimento está na realidade exterior e é absorvido por nossos sentidos. O professor é quem detém o saber. O aprendizado é obtido por meio da cópia, seguida de memorização.


"As virtudes, portanto, não são geradas em nós nem através da natureza nem contra a natureza. A natureza nos confere a capacidade de recebê-las, e essa capacidade é aprimorada e amadurecida pelo hábito."
Aristóteles, no livro Ética a Nicômaco

O autor critica o inatismo, chamando a atenção para o fato de que não é a "natureza" a responsável por nossos saberes (no trecho, chamados de "virtudes"). Para Aristóteles, os conhecimentos são absorvidos como resultado da prática - quando se tornam hábito.

Fonte: Revista Nova Escola

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